Zendaya concede entrevista para a Hunger Magazine

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postado por João Almeida
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No mês passado, Zendaya foi capa da Hunger Magazine, a qual ganhou 4 capas alternativas. No final do mês passado (29/09), saiu uma entrevista no site oficial da Hunger Magazine que Zendaya concedeu para a revista. Confira abaixo a entrevista completa e traduzida exclusivamente pela nossa equipe.

Aparentemente o meu namorado agora é Zayn Malik “, diz Zendaya, rindo e revirando os olhos. “Ah, sim, ‘Ele é meu melhor amigo; nós simplesmente saímoso tempo todo’.” Ela está, obviamente, comentando sobre o rumor que está fazendo o tablóide virar o dia de seu ensaio para a Hunger. Mas acontece que “Zayndaya” terá que ser colocada no gelo – Zendaya nunca conheceu Zayn, ou até mesmo esteve no mesmo lugar que ele ao mesmo tempo. “Você apenas tem que rir porque isso é algo que você não pode evitar, e que é uma besteira, mas eu tenho que me acostumar com as pessoas inventando coisas sobre mim”, diz ela.

E se a equação “quanto mais famosa = mais boatos” estiver correta, Zendaya terá que se acostumar com isso bem rápido. Todos nós já ouvimos sobre uma ameaça tripla na indústria do entretenimento, mas nós vamos ter que inventar um novo termo (ameaça quintúpla?) para Zendaya, porque a moça de 18 anos de idade* faz de tudo. Atriz, cantora, dançarina, produtora e agora designer de sapatos (com seu estilista Law Roach), Zendaya tem estado na indústria do entretenimento desde que ela tinha 12 anos, graduando-se a partir de peças menores à um papel co-estrelando sua própria série na Disney, Agente K.C, que estreou no início deste ano.

É o seu próximo negócio, porém, parece pronta para mandá-la para a estratosfera: seu segundo álbum. Atualmente no estúdio com Babyface, Diane Warren e Timbaland – que entre eles têm contribuído para as carreiras de nomes como Justin Timberlake e Whitney Houston – Zendaya é susceptível de ser catapultada para a mesma liga de Rihanna e Taylor Swift, a último já é uma grande amiga e pediu para Zendaya fazer parte de seu clipe, “Bad Blood”. Pelas contas, o estrelato está no futuro próximo de Zendaya, e se sua determinação de aço para pegar cada flash no set passar perto disso, podemos atestar a sua ambição.

“I WANT LONGEVITY, AND IF YOU WANT A LONG CAREER, YOU HAVE TO BE HAPPY WITH YOURSELF SO YOU DON’T GO CRAZY, AND THE ONLY WAY TO DO THAT IS TO BE YOURSELF.”
“EU QUERO LONGEVIDADE E SE VOCÊ QUER UMA CARREIR ALONGA, VOCÊ TEM QUE ESTAR FELIZ CONSIGO MESMO,A SSIM VOCÊ NÃO IRÁ ENLOUQUECER, E A ÚNICA MANEIRA DE FAZER ISSO É SER VOCÊ MESMO.”

No entanto, nem tudo foi um passeio tranquilo. Mesmo que você nunca tenha ouvido uma das faixas de Zendaya, ou assistiu um episódio de seu programa de TV, você pode muito bem ter ouvido falar sobre o drama que se desenrolou em torno do Oscar deste ano. Usando um vestido de Vivienne Westwood com os cabelos dreadlocks, Zendaya foi atingida com observações ignorantes da anfitriã Giuliana Rancic do programa Fashion Police do canal E!, que disse que ela parecia que ter cheiro de “óleo de patchouli” ou “maconha”. A internet e as mídias sociais explodiam em indignação, mas foi a resposta elouquente de Zendaya que veio de uma longa publicação no Instagram alguns dias depois que foi a graça de toda a situação. Sincera, digna e inteligente, Zendaya foi rapidamente aclamada como a voz de uma nova geração. E seu reinado está apenas começando.

Seu último álbum saiu em 2013, o que você acha que mudou musicalmente e pessoalmente em você, desde então?
Eu acho que mudei muito. Eu amadureci. Eu tenho aprendido muita coisa sobre mim mesma como ser humano e como artista também. Eu estou mais independente agora e tenho mais responsabilidades. Então, este novo álbum é como se fosse eu falando sobre coisas que agora eu entendo e posso falar sobre. Mas não tão profundo, gira em torno do amor. Lidar com o amor pela primeira vez, e o que isso significa para mim tem sido grande parte do álbum. Também tem amor próprio. Acho que à medida que você envelhece você tem que se apaixonar por você mesmo e entender quem você é.

Quanto controle você tem sobre os projetos em que você está envolvida?
Eu tento ter o máximo possível, porque eu sou maníaca por controle e perfeccionista. Está no meu DNA. Eu sempre tive problemas na escola por ser a “mandona”. Algumas pessoas gostam de falar a palavra mandona. Eu prefiro a palavra líder, ou só chefe, sem o y no final [mandona em inglês é bossy]. Essa característica pode ser boa! Obviamente, às vezes, as pessoas levam isso longe demais, mas eu acho que pode ser bom se você aproveitar o poder do jeito certo.

Há coisas piores para ser chamado! Como você está se sentindo em voltar à indústria musical agora?
Muitas gravadoras estão com medo do tipo de música que eu quero fazer, porque é algo diferente. Eu não quero necessariamente fazer o que já está no rádio ou o que toda garota da minha idade está fazendo. Eu quero longevidade e se você quiser uma longa carreira, você tem que ser feliz com você mesmo, assim você não vai enlouquecer, e a única maneira de fazer isso é realmente ser você mesmo. Os maiores músicos de nosso tempo foram inovadores, ou pegaram algo velho e transformaram em novo, e é isso que eu acho legal. Michael Jackson, por exemplo, pegou elementos de outras [músicas], que não eram necessariamente lembrados pelas pessoas. Ele se inspirou muito, de James Brown até Fred Astaire, e moldou com sua própria criatividade. É a diferença entre estar apenas copiando de outras pessoas e reciclá-la e transformá-la em algo novo.
Você está em um programa da Disney, que muitas vezes vem com a tag “estrela infantil”. Como você encontrou a transição de criança à estrela adulta?
Para mim isso não é uma transição. É apenas uma ampliação da minha carreira e da minha fã-base. Transição significa deixar algo para trás e começar uma coisa nova. Eu não estou deixando o Disney Channel para trás, nem deixando as crianças que são minhas fãs para trás, porque eles ainda existem. Eu estou apenas abrindo uma porta para todas as outras pessoas que poderiam ser meus possíveis fãs, ou que talvez possam aproveitar minha música. Se você pensar sobre isso assim, é mais próspero, porque você não está alienando nenhum grupo de pessoas.
Por que você acha que as pessoas no passado queriam quebrar rapidamente esse rótulo de estrela infantil?
Para muito deles havia uma fórmula a ser seguida para fazer um programa. E quando você não está ciente, e quando você é uma das primeiras pessoas desse sistema, você não sabe como vai acabar. As pessoas podem entrar na sua cabeça quando você é jovem. Então eu penso que várias vezes as pessoas não percebem que vão acabar sendo presas interpretando um personagem, ou que eles estão sendo rotulados como um modelo a ser seguido. Você não percebe que isso foi empurrado em você no início, e que você vai chegar à um ponto de querer ser você mesmo e fazer o que gosta, e não fazer mais parte desse sistema que diz o que você tem que fazer. Você não quer receber ordens depois de uma certa idade. Felizmente, porém, o sistema mudou para mim, ao ponto que eu posso criar o meu molde. Eu estou produzindo meu novo programa na Disney – as pessoas não têm que me dizer o que eu devo fazer. As pessoas não empurram nada em cima de mim – desde como meu personagem deve ser, ou como deveria agir, então para mim é diferente. Se for o contrário, eu entendo porque as pessoas se rebelam contra isso.

Você também tem dito sobre a importância de compreender a apropriação cultural. Por que você sente que esse assunto precisa ser discutido, especialmente quando as pessoas preferem evita-lo?
Eu não de falar sobre que coisas que eu não sei. Mas apropriação cultural é algo que eu consigo entender e algo que eu posso apreciar quando as pessoas se preocupam. Você testemunha isso o tempo todo, e pra mim, pelo menos, ser alguém que está orgulhoso sobre de onde veio, é muito importante. Obviamente, os meus pais são americanos e nasceram nos Estados Unidos, mas a América é como um caldeirão – muitas pessoas vindas de muitos lugares. Os únicos nativos são realmente os americanos nativos (índios). Então, todo mundo é imigrante nesse sentido. Minha mãe tem raízes na Alemanha e na Irlanda, e meu pai é afro-americano. Há uma grande desconexão com as pessoas afro-americanas, porque não somos capazes de simplesmente deixar nossas raízes para trás, então acho que foi muito importante para meu pai reservar um tempo para entender de onde veio. Eu tenho orgulho de saber que sou afro-americana. Eu acho que quando você desenvolver orgulho sobre o lugar de onde você veio, você terá mais respeito e compreensão sobre os lugares que outras pessoas vieram também. Ninguém é apenas branco e ninguém apenas preto.

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